Mais 15, menos 15, deixa-te ir, já não tens nada a ganhar.
Deixa o teu lugar e esquece a tua marca.
Um dia, mais tarde, vamos olhar para trás e pensar "merda, eles tinham razão".
Era uma criança imaginária, criada de palavras seguras e mãos bonitas.
Bonitas, mas falsas, que só apontam algumas direcções.
Filmes de domingo à tarde com horas de intervalo.
Entre publicidade e ficção, um cigarro, e outro.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
segunda-feira, 21 de maio de 2012
quinta-feira, 17 de maio de 2012
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Do Ré Mi Pena
"Mãe, eu quero ficar sozinho. Mãe, não quero pensar mais. Mãe, eu quero morrer mãe. Eu quero desnascer, ir-me embora, sem sequer ter que me ir embora. Mãe, por favor, tudo menos a casa em vez de mim. Outro maldito que não sou senão este tempo que decorre entre fugir de me encontrar e de me encontrar fugindo, de quê mãe? Diz, são coisas que se me perguntem? Não pode haver razão para tanto sofrimento. E se inventássemos o mar de volta, e se inventássemos partir, para regressar? Partir e aí nessa viagem ressuscitar da morte às arrecuas que me deste. Partida para ganhar, partida de acordar, abrir os olhos, numa ânsia colectiva de tudo fecundar, terra, mar, mãe... Lembrar como o mar nos ensinava a sonhar alto, lembrar nota a nota o canto das sereias... Lembrar cada lágrima, cada abraço, cada morte, cada traição, partir aqui com a ciência toda do passado, partir, aqui, para ficar..."
Linda Martini - Partir para Ficar (José Mário Branco, FMI)
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